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Daniele Salas Roda - Doctoralia.com.br

Estresse aumenta risco de infarto durante jogos de futebol?

Infarto do Miocárdio
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O estresse aumenta risco de infarto em situações tensas, como um jogo de futebol, especialmente nos períodos da Copa do Mundo.

 

Estudos apontam que pessoas com fatores de risco pré-existentes, como diabetes e hipertensão, são as que mais devem se preocupar

 A Copa do Mundo 2022 está prestes a começar e muitas pessoas já iniciaram os preparativos para assistir aos jogos. Contudo, toda essa emoção que envolve as partidas da seleção brasileira esconde um perigo: o aumento do risco de eventos cardiovasculares, especialmente em homens com doenças pré-existentes como diabetes e hipertensão.

Essa descoberta não é recente. Na verdade, foi um achado de um estudo feito em 2008 e publicado no New England Journal of Medicine. A conclusão foi que assistir a uma partida de futebol estressante, como uma semifinal ou final, dobra o risco de um evento cardiovascular agudo.

Desde esse estudo, outros foram realizados ao longo dos anos, inclusive no Brasil, em 2013. O artigo foi publicado nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia e apontou que a incidência de infarto agudo do miocárdio foi maior nos dias em que a seleção brasileira participou dos jogos da Copa do Mundo.

Porque o estresse aumenta risco de infarto do miocárdio?

Segundo a cardiologista Dra. Daniele Salas, durante uma partida mais tensa, o corpo libera adrenalina e outros hormônios na corrente sanguínea. “Essas substâncias podem ser perigosas para as pessoas já possuem acúmulos de placas que estreitam as artérias, condição chamada de aterosclerose, principal causa de infarto agudo do miocárdio”.

“Durante um momento de muita emoção, essas placas podem se romper. A partir disso, o organismo cria coágulos de sangue para remendar as artérias danificadas. Contudo, os coágulos podem impedir que a circulação do sangue rico em oxigênio chegue ao coração, causando assim um infarto agudo do miocárdio”, explica a cardiologista.

Há fatores bem estabelecidos (gatilhos) que podem desencadear os eventos cardiovasculares. Além de situações de muita emoção, tempo frio e úmido, exposição aguda a poluentes e outros fatores comportamentais também aumentam o risco de um ataque cardíaco.

“É muito importante esclarecer que o risco de um infarto desencadeado por forte emoção é maior nas pessoas com doenças cardiovasculares, como aterosclerose, diabetes, hipertensão e doenças cardíacas pré-existentes”, reforça Dra. Daniele.

Seu coração acima de tudo

A principal recomendação é fazer um check up cardiológico antes do início da Copa do Mundo, especialmente se já houver doenças cardiovasculares instaladas, como diabetes e hipertensão. “Apesar da paixão dos brasileiros pelo futebol, é preciso se preparar para curtir com calma e responsabilidade dos jogos da seleção”, diz a cardiologista.

Dicas para proteger o coração de eventos cardiovasculares

  • Se você tem diagnóstico de hipertensão, diabetes ou doenças cardiovasculares, assegure-se de tomar seus medicamentos corretamente e evite ficar muito estressado durante as partidas
  • Lembre-se que o consumo de bebidas alcoólicas e cigarro alteram o sistema cardiovascular e aumentam o risco de problemas no coração
  • Caso você seja um torcedor fanático e muito estressado, procure seu médico e converse sobre medicamentos para controlar a ansiedade nos dias dos jogos

Lembre-se: O futebol é importante, mas a saúde do seu coração deve estar em primeiro lugar!

 

Dra. Daniele Salas é médica cardiologista e realiza consultas e check up cardiológicos.

 

O consultório fica localizado no bairro de Santana, zona norte da capital paulista.

Agende seu horário pelos telefones:

(11) 97074 1912 (whatsApp)

(11) 3805 0012

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Valvopatias

Doenças que afetam as válvulas cardíacas, impedindo abertura e /ou fechamento adequadamente

Arritmia

Frequência cardíaca anormal, seja irregular, acelerada ou muito lenta.

Dislipidemia

Consiste na elevação dos níveis de colesterol e triglicérides no sangue , implicando no  aumento do risco para doenças cardiovasculares

Insuficiência Cardíaca

A Insuficiência Cardíaca (IC) consiste na dificuldade do coração bombear o sangue para o organismo comprometendo o seu funcionamento. Esta insuficiência pode ser decorrente do déficit da contração ou relaxamento do coração.
Diversas doenças podem acarretar no aparecimento da IC sendo a principal causa a hipertensão arterial , insuficiência coroariana, arritmias , doenças das valvares do coração e diabetes. Alguns processos infecciosos e inflamatórios também podem ser responsáveis pela IC. Em alguns casos, ela é considerada também idiopática, ou seja, não identificação de fator causal.
Os principais sintomas da insuficiência cardíaca são falta de ar, que inicialmente ocorre durante os esforços físicos progredindo até a falta de ar em repouso. Algumas pessoas apresentam dificuldade de dormir à noite devido a problemas respiratórios. O inchaço nas pernas e pés , distensão abdominal e tosse podem ser outros sintomas.

A identificação dos sintomas e a procura do cardiologista são muito importantes para que se possa identificar o problema e iniciar o tratamento o mais precoce possível.

Hipertensão arterial

A hipertensão arterial é uma doença crônica definida por níveis pressóricos maior ou igual a 140×90 mmHg em pelo menos duas ocasiões diferentes.
Por se tratar de condição frequentemente assintomática acarreta muitas vezes a baixa adesão aos cuidados, o que pode gerar alterações no coração, cérebro, rins e vasos
Ocorre uma relação direta entre o excesso de peso (sobrepeso/obesidade) , sedentarismo , ingesta de bebida alcóolica e alimentos ricos em sódio , e os níveis de pressão arterial.
Em torno de 65% dos indivíduos acima dos 60 anos apresentam hipertensão arterial.

Doença Artéria Coronária

A doença arterial coronariana (DAC) caracteriza-se pela insuficiência na irrigação sanguínea do coração por meio das artérias coronárias. A principal causa dessa insuficiência está relacionada à obstrução da artéria por placa ateromatosa, podendo ser também decorrente de espasmo da artéria.
Os principais fatores de risco para a DAC são : hipertensão arterial sistêmica, diabetes , dislipidemia, obesidade, tabagismo, sedentarismo e história familiar
O sintoma mais comum é dor ou desconforto no peito que pode se deslocar para o ombro, braço, costas, pescoço ou maxilar. Pode se manifestar também como dor no estômago, o que pode dificultar o diagnóstico. Geralmente os sintomas manifestam-se durante o exercício físico ou em situações de stresse, duram poucos minutos e melhoram com repouso.
A procura do cardiologista e o diagnóstico precoce são fundamentais para que se possa minimizar os danos cardíacos.