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Daniele Salas Roda - Doctoralia.com.br

Fibrilação atrial: O que é? Quais os sintomas? Como é o tratamento?

Arritimias
fibrilação atrial
Fibrilação atrial é uma arritmia cardíaca que afeta de 1 a 2% da população adulta em geral. Dados da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC) apontam que a fibrilação atrial é a segunda causa de morte em todo o mundo.

 

Fibrilação atrial acelera os batimentos cardíacos

 

Segundo a cardiologista Dra. Daniele Salas, a fibrilação atrial altera a frequência cardíaca, causando a taquiarritmia, que eleva os batimentos para um valor superior a 100 batimentos por minuto (BPM). “A frequência cardíaca normal deve entre 60 e 100 BPM em repouso. Tontura, falta de ar e cansaço são indícios de uma frequência cardíaca alterada”.

Sabe aquela sensação repentina de que o coração está “batendo fora do peito”? Esse sintoma também ser uma manifestação da fibrilação atrial e pode durar alguns segundos ou minutos. Nesses momentos, a pessoa também pode sentir dor ou aperto no peito, que costuma melhorar quando o ritmo cardíaco se normaliza.

Contudo, é importante reforçar que nem sempre a fibrilação atrial eleva os batimentos cardíacos. Há casos em que há redução da frequência cardíaca ou ainda batimentos normais.

Quando o coração não relaxa

 

Quando o coração bate normalmente, suas paredes musculares se contraem e relaxam para enviar o sangue para fora do órgão. Este processo é repetido cada vez que o coração bate.

“Esse ritmo é chamado de sinusal que ocorre como resultado dos impulsos elétricos. Na fibrilação atrial, os átrios não conseguem contrair de forma ritmada e passam a fibrilar (tremer) em decorrência de problemas nos impulsos elétricos. A consequência é a dificuldade de enviar o sangue para o ventrículo de forma regular”, aponta a cardiologista.

Para ficar mais claro o entendimento, os átrios recebem o sangue e os ventrículos garantem o envio do sangue para o corpo. Como os átrios perdem a capacidade de contrair, o sangue fica parado e pode formar coágulos. Infelizmente, esses coágulos podem entrar na circulação sanguínea, obstruir as artérias do cérebro e causar um acidente vascular cerebral (AVC).

Idosos são principais vítimas

 

A fibrilação atrial costuma afetar mais os idosos, bem como as pessoas com doenças crônicas como hipertensão arterial, obesidade e outras patologias cardíacas. Há casos que são desencadeados pelo tabagismo, alcoolismo e consumo de drogas, principalmente as estimulantes.

Fibrilação atrial e classificações

A fibrilação atrial tem várias classificações. Veja abaixo

  • Fibrilação atrial paroxística é aquela em que os sintomas como falta de ar, dor no peito e tontura melhoram espontaneamente, sem necessitar de tratamento médico. As manifestações acontecem em torno de uma semana e podem durar de minutos a horas
  • Fibrilação Atrial Persistente se caracteriza por episódios que duram de sete dias até um ano. Nesses casos, os sintomas melhoram sozinhos, ou seja, é preciso usar medicamentos e outros tratamentos para normalizar os batimentos cardíacos
  • Fibrilação Persistente de Longa Duração: Nesse tipo, as características são semelhantes à fibrilação persistente, porém tem duração maior que um ano. Uma peculiaridade é que devido às inúmeras alterações nos impulsos elétricos, o próprio músculo cardíaco emite os sinais que desencadeiam a fibrilação atrial.
  • Fibrilação Atrial Permanente: São os casos em que a doença se torna refratária aos tratamentos, ou seja, os procedimentos como a ablação por cateter não conseguem reverter a alteração do ritmo cardíaco

Tratamento precoce é chave para evitar a progressão da doença

 

Em resumo, cerca de 75% dos pacientes são diagnosticados com a fibrilação paroxística ou persistente. Além disso, 1 em cada 5 pacientes progridem da fibrilação atrial paroxística para a persistente após um ano do diagnóstico.

“O tratamento precoce da fibrilação atrial é essencial para interromper a progressão da doença para forma persistente. Essa forma é a que mais causa sintomas, de forma mais frequente e prolongada, impactando na redução da qualidade de vida e na saúde em geral”, reforça Dra. Daniele.

A fibrilação atrial é tratada de acordo com sua classificação. “Frequentemente usamos medicações para prevenir a formação de coágulos para prevenir um AVC e outro eventos relacionados à formação de trombos. Também prescrevemos medicamentos para controlar a frequência cardíaca”, diz a cardiologista.

A médica acrescenta que há também os tratamentos não medicamentosos. “A cardioversão é procedimento não invasivo em que o coração recebe um choque elétrico controlado com a finalidade de restabelecer seu ritmo normal. Outro tratamento é a ablação por cateter no qual o médico insere um tubo fino e flexível (cateter) nos vasos sanguíneos até que ele alcance o coração. O objetivo é destruir as vias elétricas anormais do tecido cardíaco para normalizar os batimentos”, finaliza a médica.

É possível prevenir?

 

Existem alguns casos de fibrilação atrial que estão ligados a doenças genéticas ou congênitas não é possível prevenir. Por outro lado, há diversos fatores de risco modificáveis que podem reduzir a chance de desenvolver essa arritmia. Veja abaixo.

  • Pratique atividades físicas regularmente
  • Pare de fumar
  • Reduza o consumo de bebidas alcoólicas
  • Alimente-se de forma saudável, reduzindo consumo de gorduras e açúcar
  • Gerencie o estresse
  • Realize check up cardíaco anual, especialmente após os 40 anos e se portador de doenças crônicas, como pressão alta, diabetes etc.

Dra. Daniele Salas é médica cardiologista, com mais de 20 anos de experiência no diagnóstico e tratamento das mais diversas doenças cardiovasculares.

 

O consultório fica localizado no bairro de Santana, zona norte da capital paulista.

Agende seu horário pelos telefones:

(11) 99987 2010 (whatsApp)

(11) 3805 0012

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Valvopatias

Doenças que afetam as válvulas cardíacas, impedindo abertura e /ou fechamento adequadamente

Arritmia

Frequência cardíaca anormal, seja irregular, acelerada ou muito lenta.

Dislipidemia

Consiste na elevação dos níveis de colesterol e triglicérides no sangue , implicando no  aumento do risco para doenças cardiovasculares

Insuficiência Cardíaca

A Insuficiência Cardíaca (IC) consiste na dificuldade do coração bombear o sangue para o organismo comprometendo o seu funcionamento. Esta insuficiência pode ser decorrente do déficit da contração ou relaxamento do coração.
Diversas doenças podem acarretar no aparecimento da IC sendo a principal causa a hipertensão arterial , insuficiência coroariana, arritmias , doenças das valvares do coração e diabetes. Alguns processos infecciosos e inflamatórios também podem ser responsáveis pela IC. Em alguns casos, ela é considerada também idiopática, ou seja, não identificação de fator causal.
Os principais sintomas da insuficiência cardíaca são falta de ar, que inicialmente ocorre durante os esforços físicos progredindo até a falta de ar em repouso. Algumas pessoas apresentam dificuldade de dormir à noite devido a problemas respiratórios. O inchaço nas pernas e pés , distensão abdominal e tosse podem ser outros sintomas.

A identificação dos sintomas e a procura do cardiologista são muito importantes para que se possa identificar o problema e iniciar o tratamento o mais precoce possível.

Hipertensão arterial

A hipertensão arterial é uma doença crônica definida por níveis pressóricos maior ou igual a 140×90 mmHg em pelo menos duas ocasiões diferentes.
Por se tratar de condição frequentemente assintomática acarreta muitas vezes a baixa adesão aos cuidados, o que pode gerar alterações no coração, cérebro, rins e vasos
Ocorre uma relação direta entre o excesso de peso (sobrepeso/obesidade) , sedentarismo , ingesta de bebida alcóolica e alimentos ricos em sódio , e os níveis de pressão arterial.
Em torno de 65% dos indivíduos acima dos 60 anos apresentam hipertensão arterial.

Doença Artéria Coronária

A doença arterial coronariana (DAC) caracteriza-se pela insuficiência na irrigação sanguínea do coração por meio das artérias coronárias. A principal causa dessa insuficiência está relacionada à obstrução da artéria por placa ateromatosa, podendo ser também decorrente de espasmo da artéria.
Os principais fatores de risco para a DAC são : hipertensão arterial sistêmica, diabetes , dislipidemia, obesidade, tabagismo, sedentarismo e história familiar
O sintoma mais comum é dor ou desconforto no peito que pode se deslocar para o ombro, braço, costas, pescoço ou maxilar. Pode se manifestar também como dor no estômago, o que pode dificultar o diagnóstico. Geralmente os sintomas manifestam-se durante o exercício físico ou em situações de stresse, duram poucos minutos e melhoram com repouso.
A procura do cardiologista e o diagnóstico precoce são fundamentais para que se possa minimizar os danos cardíacos.