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Daniele Salas Roda - Doctoralia.com.br

Hipertensão arterial: O que é? Quais os sintomas? Como tratar?

Hipertensão Arterial
hipertensão arterial

Hipertensão arterial afeta 26% dos brasileiros e é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, como infarto e derrame cerebral

Certamente você conhece alguém que tem pressão alta, cujo termo médico é hipertensão arterial sistêmica (HAS). A hipertensão é um dos mais importantes fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e renais.

Apesar de ser uma doença muito prevalente, nem todas as pessoas compreendem o que é hipertensão arterial e suas consequências para a saúde. Por isso, com a ajuda da cardiologista Dra. Daniele Salas, vamos falar tudo que você precisa saber sobre a pressão alta.

Hipertensão arterial: O que é?

A hipertensão arterial sistêmica é uma doença crônica que se caracteriza pelo aumento da pressão dentro dos vasos sanguíneos e traz uma série de prejuízos para a saúde cardiovascular. Para entender o que é pressão alta, é preciso falar um pouco mais sobre o sistema cardiovascular, formado pelos vasos sanguíneos e pelo coração.

“A principal função desse sistema cardiovascular é levar nutrientes e oxigênio para todo o corpo. A pressão arterial (PA) é a força que o sangue exerce sobre as paredes dos vasos sanguíneos depois que é bombeado pelo coração”, explica Dra. Daniele.

“A cada batida do coração, a pressão arterial aumenta e diminui de acordo com a contração e o relaxamento do músculo cardíaco. Devido a isso, existem duas medidas: a pressão sistólica e a diastólica. A contração do músculo cardíaco se chamada sístole e o relaxamento diástole”, acrescenta.

PA Sistólica e Diastólica

Quando a pressão arterial é medida, aparecem dois números. O primeiro se refere ao momento em que o ventrículo esquerdo leva o sangue para a aorta. O valor normal se encontra entre 120 e 140 mmHg.

A pressão diastólica se refere ao momento em que o ventrículo esquerdo recebe o sangue de volta para retornar para a circulação. O valor normal deve estar entre 70/80 mmHg.

“A medida ideal da pressão arterial é até 12.8 mmHg ou 13.8,5 mmHg. Dessa maneira, quando a pressão arterial é maior ou igual a 14.9 mmHg, o paciente recebe um acompanhamento para confirmar o diagnóstico da hipertensão arterial sistêmica”, aponta Dra. Daniele.

Hipertensão arterial: por que é uma doença tão prejudicial?

Quando a pressão aumenta nas artérias obriga o coração a fazer um esforço maior do que o normal para manter o fluxo do sangue através do sistema circulatório.

“Essa “força extra” prejudica as artérias e vasos que sofrem um estreitamento e isso favorece o depósito de placas de gordura. Outra consequência é a deficiência de oxigênio no coração devido à redução do fluxo de sangue. Com o passar do tempo, o aumento da pressão pode “endurecer” as paredes das artérias e levar à formação de pequenos coágulos de sangue”, diz a médica.

Portanto, a pressão alta aumenta o risco de a pessoa sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), um ataque isquêmico transitório (AIT), bem como um infarto agudo do miocárdio, todo eventos ligados à obstrução das artérias e vasos sanguíneos.

Hipertensão arterial e fatores de risco

Há diversos fatores de risco envolvidos no desenvolvimento da pressão alta. Vale reforçar que alguns são modificáveis e outros não. Veja abaixo:

Fatores de risco não modificáveis

  • Histórico Familiar

Ter um familiar de primeira grau com hipertensão é um alerta para ficar de olho na pressão. Estima-se que de 30 a 40% dos casos de pressão alta são determinados pela genética.

  • Idade

“O processo natural de envelhecimento causa o endurecimento da parede dos vasos e artérias. Isso leva à perda da elasticidade e da capacidade de se acomodar de acordo com as mudanças da pressão arterial. Por isso, a prevalência da hipertensão é maior em pessoas com mais de 50 anos”, comenta Dra. Daniele.

Fatores de risco modificáveis

  • Obesidade
  • Excesso de sal e sódio
  • Tabagismo
  • Uso excessivo de bebida alcoólica
  • Sedentarismo
  • Estresse
  • Alimentação rica em gorduras

Hipertensão é doença silenciosa

De acordo com a cardiologista, a hipertensão arterial é uma doença silenciosa, pois não causa sintomas, principalmente nas fases iniciais. “Em geral, as manifestações, quando aparecerem, são resultado da duração, gravidade e comprometimento dos órgãos atingidos pela doença. Outra situação que pode ocorrer é quando a pessoa passa por um aumento muito importante da pressão

Entre os sintomas mais comuns que podem estar relacionados à pressão alta estão:

  • Dor de cabeça
  • Sonolência
  • Confusão mental
  • Visão embaçada
  • Enjoos e vômitos
  • Zumbidos
  • Cansaço

Hipertensão e Diagnóstico

Nem sempre apresentar uma pressão acima de 14.9 mmHg significa que a pessoa tem pressão alta. O diagnóstico depende de alguns exames para comprovar que os níveis da pressão realmente estão alterados de forma permanente.

Os médicos seguem alguns critérios estabelecidos pelas Diretrizes Brasileiras de Hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Para além disso, durante as consultas é levantado todo o histórico do paciente, bem como avaliação de danos em outros órgãos e sistemas do corpo.

Tratamento: muito além dos remédios

Um dos aspectos mais importantes da hipertensão é que o tratamento não é feito apenas com remédios, mas também com a mudança de hábitos e outras estratégias, como a perda de peso, por exemplo. Confira outras recomendações abaixo:

  • Redução do consumo de sal e de alimentos ricos em sódio
  • Evitar o abuso de bebida alcoólica
  • Adotar uma alimentação o mais saudável possível, principalmente com redução de alimentos ricos em gorduras
  • Parar de fumar
  • Perder peso
  • Praticar atividade física de forma regular (quando o médico recomendar/liberar)
  • Gerenciar o estresse
  • Tomar os medicamentos na dose certa e nos horários prescritos pelo cardiologista

Cuidado com a crise hipertensiva

Apesar de a pressão alta ser silenciosa em seus estágios iniciais, existe uma situação em que a pressão diastólica (a segunda que aparece na aferição) pode subir e causar muitos problemas. Quando a PA diastólica estiver igual ou acima de 12 mmHg, é preciso procurar um pronto-socorro imediatamente.

“A pessoa pode se sentir mal, ficar agitada, apresentar dor de cabeça, tontura, visão turva, dor no peito e falta de ar. No hospital é possível usar medicamentos para reduzir a pressão rapidamente, além de possibilitar à equipe médica detectar ou prever outros danos causados pelo aumento da pressão arterial”, destaca a especialista.

“A mensagem final é que praticamente todos os fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento da pressão alta são modificáveis. Isso quer dizer que prevenir a doença depende de um estilo de vida saudável, além claro de consultas e exames e check up cardiológico periódicos, especialmente após os 40 anos”, finaliza Dra. Daniele.

Dra. Daniele Salas é médica cardiologista, com mais de 20 anos de experiência no diagnóstico e tratamento das mais diversas doenças cardiovasculares.

O consultório fica localizado no bairro de Santana, zona norte da capital paulista.

Agende seu horário pelos telefones:

(11) 97074 1912 (whatsApp)

(11) 3805 0012

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Valvopatias

Doenças que afetam as válvulas cardíacas, impedindo abertura e /ou fechamento adequadamente

Arritmia

Frequência cardíaca anormal, seja irregular, acelerada ou muito lenta.

Dislipidemia

Consiste na elevação dos níveis de colesterol e triglicérides no sangue , implicando no  aumento do risco para doenças cardiovasculares

Insuficiência Cardíaca

A Insuficiência Cardíaca (IC) consiste na dificuldade do coração bombear o sangue para o organismo comprometendo o seu funcionamento. Esta insuficiência pode ser decorrente do déficit da contração ou relaxamento do coração.
Diversas doenças podem acarretar no aparecimento da IC sendo a principal causa a hipertensão arterial , insuficiência coroariana, arritmias , doenças das valvares do coração e diabetes. Alguns processos infecciosos e inflamatórios também podem ser responsáveis pela IC. Em alguns casos, ela é considerada também idiopática, ou seja, não identificação de fator causal.
Os principais sintomas da insuficiência cardíaca são falta de ar, que inicialmente ocorre durante os esforços físicos progredindo até a falta de ar em repouso. Algumas pessoas apresentam dificuldade de dormir à noite devido a problemas respiratórios. O inchaço nas pernas e pés , distensão abdominal e tosse podem ser outros sintomas.

A identificação dos sintomas e a procura do cardiologista são muito importantes para que se possa identificar o problema e iniciar o tratamento o mais precoce possível.

Hipertensão arterial

A hipertensão arterial é uma doença crônica definida por níveis pressóricos maior ou igual a 140×90 mmHg em pelo menos duas ocasiões diferentes.
Por se tratar de condição frequentemente assintomática acarreta muitas vezes a baixa adesão aos cuidados, o que pode gerar alterações no coração, cérebro, rins e vasos
Ocorre uma relação direta entre o excesso de peso (sobrepeso/obesidade) , sedentarismo , ingesta de bebida alcóolica e alimentos ricos em sódio , e os níveis de pressão arterial.
Em torno de 65% dos indivíduos acima dos 60 anos apresentam hipertensão arterial.

Doença Artéria Coronária

A doença arterial coronariana (DAC) caracteriza-se pela insuficiência na irrigação sanguínea do coração por meio das artérias coronárias. A principal causa dessa insuficiência está relacionada à obstrução da artéria por placa ateromatosa, podendo ser também decorrente de espasmo da artéria.
Os principais fatores de risco para a DAC são : hipertensão arterial sistêmica, diabetes , dislipidemia, obesidade, tabagismo, sedentarismo e história familiar
O sintoma mais comum é dor ou desconforto no peito que pode se deslocar para o ombro, braço, costas, pescoço ou maxilar. Pode se manifestar também como dor no estômago, o que pode dificultar o diagnóstico. Geralmente os sintomas manifestam-se durante o exercício físico ou em situações de stresse, duram poucos minutos e melhoram com repouso.
A procura do cardiologista e o diagnóstico precoce são fundamentais para que se possa minimizar os danos cardíacos.