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Daniele Salas Roda - Doctoralia.com.br

Infarto pode ser causado pelo estresse? Como isso pode acontecer?

Infarto do Miocárdio
infarto

O infarto pode ser causado pelo estresse e hoje vamos entender por que isso pode ocorrer e como prevenir

O estresse é algo que faz parte do dia a dia de milhões de pessoas ao redor do mundo. Segundo dados da Associação Internacional de Gerenciamento do Estresse Brasil (ISMA-BR), 70% da população brasileira já teve ou terá quadros de estresse crônico.

O estresse desencadeia uma série de efeitos na saúde. Segundo a cardiologista Dra. Daniele Salas, o estresse libera no corpo hormônios como adrenalina e noradrenalina. “Trata-se de substâncias vasoconstritoras, ou seja, elas estreitam os vasos sanguíneos. Isso causa aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca”.

Estresse é reação natural, mas não pode ser tornar crônico

“O estresse, de forma isolada, é uma reação natural do ser humano em situações em que é preciso responder de forma rápida ou se proteger de algum perigo. O esperado é que a pessoa volte ao seu estado normal após enfrentar essas situações. Como exemplos podemos citar situações do dia a dia, como realizar uma prova, enfrentar um congestionamento para chegar ao trabalho ou fazer uma apresentação para um cliente”, explica a cardiologista.

O problema se instala quando esse estado de “alerta” é permanente. A pessoa não consegue desacelerar e fica no modo “lutar ou fugir” o tempo todo. Assim se instala o que chamamos de estresse crônico, que é uma bomba relógio para desencadear eventos cardiovasculares.

Estresse aumenta inflamação

O estresse crônico agrava processos inflamatórios no interior das artérias. Isso pode causar estreitamento dos casos e acúmulo de placas de gordura, processo conhecido como aterosclerose. A obstrução dos vasos e artérias pode culminar num infarto, principalmente em quem já tem diagnóstico de doença arterial coronariana.

O aumento da pressão arterial é um fator de risco grave para os hipertensos, já que o estresse pode causar um aumento súbito da pressão. Isso também é um fator de risco que pode ocasionar um infarto.

Estresse e maus hábitos

Outro problema do estresse é que as pessoas procuram compensar a tensão adotando hábitos e comportamentos ruins. “Normalmente, pessoas com estresse crônico dormem mal, se alimentam de forma inadequada e podem aumentar o consumo drogas lícitas e ilícitas, como cigarros, álcool, medicamentos para dormir etc. O sedentarismo também é comum nos quadros de estresse crônico”, cita Dra. Daniele.

Todos esses hábitos são fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardíacas, como infarto. Portanto, o estresse pode causar um infarto ou aumentar o risco de isso ocorrer.

Ame seu coração: livre-se do estresse crônico

Como falamos acima, o estresse é uma reação natural do organismo e necessário para a sobrevivência. Por outro lado, quando o estresse se torna crônico, é preciso procurar ajuda, além de adotar alguns hábitos e eliminar outros.

“A primeira etapa no processo para gerenciamento do estresse é procurar um médico cardiologista para fazer um check up. A partir dos resultados, é possível traçar um plano para controlar o estresse e viver de forma mais saudável”, comenta a especialista.

Com a ajuda da cardiologista, elaboramos algumas dicas para ajudar a gerenciar o estresse. Confira:

  • De onde vem: Procure identificar qual a principal causa do seu estresse: é na família? No trabalho? Na vida financeira?
  • A partir dessa lista de eventos estressantes, comece a pensar em estratégias que podem ajudar a reduzir a tensão. Vamos a um exemplo: Você anda estressado com o trânsito? Demora horas para chegar em casa após o trabalho? Que tal praticar uma atividade física perto do trabalho e sair quando o trânsito estiver menos congestionado?
  • Quando não for possível fazer uma atividade depois do trabalho, que tal ouvir podcasts ou outros áudios que podem contribuir no seu aperfeiçoamento pessoal ou profissional?
  • Sempre que se sentir muito estressado, procure praticar a respiração profunda por 10 minutos
  • Inclua na sua rotina uma atividade física e inclua mais movimento no seu dia a dia. Desça alguns pontos antes do ônibus, faça compras a pé, troque o elevador pelas escadas.
  • Capriche na alimentação, reduzindo o consumo de alimentos açucarados, gordurosos e calóricos. Invista em frutas, verduras, legumes, castanhas, carnes magras etc.
  • Perca peso
  • Pare de fumar e evite consumir bebidas alcoólicas
  • Procure dormir bem, pois a falta de sono aumenta o estresse, entre outros prejuízos para a saúde
  • Considere fazer meditação, pois há estudos que mostram que meditar reduz o estresse e aumenta o bem-estar
  • O contato com a natureza também propicia a redução do estresse
  • Arranje tempo para desfrutar da companhia de amigos e da família
  • Invista em outras técnicas de relaxamento
  • Ouça músicas, dance, encontre uma atividade que seja prazerosa

“Muitas vezes, as pessoas consideram o estresse como algo normal. Mas quando ele é crônico, é preciso tomar uma atitude imediata. Isso é essencial para prevenir que o estresse cause um infarto ou outros problemas graves de saúde”, finaliza Dra. Daniele.

Dra. Daniele Salas é médica cardiologista, com mais de 20 anos de experiência no diagnóstico e tratamento das mais diversas doenças cardiovasculares.

O consultório fica localizado no bairro de Santana, zona norte da capital paulista.

Agende seu horário pelos telefones:

(11) 97074 1912 (whatsApp)

(11) 3805 0012

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Valvopatias

Doenças que afetam as válvulas cardíacas, impedindo abertura e /ou fechamento adequadamente

Arritmia

Frequência cardíaca anormal, seja irregular, acelerada ou muito lenta.

Dislipidemia

Consiste na elevação dos níveis de colesterol e triglicérides no sangue , implicando no  aumento do risco para doenças cardiovasculares

Insuficiência Cardíaca

A Insuficiência Cardíaca (IC) consiste na dificuldade do coração bombear o sangue para o organismo comprometendo o seu funcionamento. Esta insuficiência pode ser decorrente do déficit da contração ou relaxamento do coração.
Diversas doenças podem acarretar no aparecimento da IC sendo a principal causa a hipertensão arterial , insuficiência coroariana, arritmias , doenças das valvares do coração e diabetes. Alguns processos infecciosos e inflamatórios também podem ser responsáveis pela IC. Em alguns casos, ela é considerada também idiopática, ou seja, não identificação de fator causal.
Os principais sintomas da insuficiência cardíaca são falta de ar, que inicialmente ocorre durante os esforços físicos progredindo até a falta de ar em repouso. Algumas pessoas apresentam dificuldade de dormir à noite devido a problemas respiratórios. O inchaço nas pernas e pés , distensão abdominal e tosse podem ser outros sintomas.

A identificação dos sintomas e a procura do cardiologista são muito importantes para que se possa identificar o problema e iniciar o tratamento o mais precoce possível.

Hipertensão arterial

A hipertensão arterial é uma doença crônica definida por níveis pressóricos maior ou igual a 140×90 mmHg em pelo menos duas ocasiões diferentes.
Por se tratar de condição frequentemente assintomática acarreta muitas vezes a baixa adesão aos cuidados, o que pode gerar alterações no coração, cérebro, rins e vasos
Ocorre uma relação direta entre o excesso de peso (sobrepeso/obesidade) , sedentarismo , ingesta de bebida alcóolica e alimentos ricos em sódio , e os níveis de pressão arterial.
Em torno de 65% dos indivíduos acima dos 60 anos apresentam hipertensão arterial.

Doença Artéria Coronária

A doença arterial coronariana (DAC) caracteriza-se pela insuficiência na irrigação sanguínea do coração por meio das artérias coronárias. A principal causa dessa insuficiência está relacionada à obstrução da artéria por placa ateromatosa, podendo ser também decorrente de espasmo da artéria.
Os principais fatores de risco para a DAC são : hipertensão arterial sistêmica, diabetes , dislipidemia, obesidade, tabagismo, sedentarismo e história familiar
O sintoma mais comum é dor ou desconforto no peito que pode se deslocar para o ombro, braço, costas, pescoço ou maxilar. Pode se manifestar também como dor no estômago, o que pode dificultar o diagnóstico. Geralmente os sintomas manifestam-se durante o exercício físico ou em situações de stresse, duram poucos minutos e melhoram com repouso.
A procura do cardiologista e o diagnóstico precoce são fundamentais para que se possa minimizar os danos cardíacos.